quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Se joga!

Se joga..se joga.. no mundo...!!!!

Vamos... prepara-te!!!!

Ahhh... vai ter que aprender é na marra!

Vôa... Vôa...

Pela primeira vez sentiu a leve brisa no rosto...
Houve por um instante, um silêncio absoluto,
Percebia tudo acontecer rapidamente ao seu redor,
as imagens das folhas caindo, caiam em câmera lenta,
Não entendia porque sua velocidade aumentava a cada segundo,
Os troncos das árvores ficavam cada vez mais grossos,
A luz que irrompia as árvores e suas densas folhagens,
já não era vista, claramente,
Uma obscuridade o consumira naquele curto período de tempo,
Acovardado, amedrontado,
Não sabia o que fazer...
Fechou seus olhos, esvaziou seus pensamentos...
Tomado pelo instinto,
Agora olhos arregalados, atentos, surpresos, mas também, angustiados.
Aprumou o peito...
Foram frustrantes, pequenas tentativas de algo parecido como um bater de asas...
Ainda caindo...
Assustado.
Valente, persistente... abriu suas asas.
Enfim, planou com elas, pequeninas e frágeis asas...
Um rasante no ar... executado com propriedade.
Tomado pelo exctasy em seu espírito, aproveitou aquele sublime momento,
Tornou a bater suas asas... agora com mais confiança e convicto no que pudera ele fazer!
A surpresa iminente... estampada na alegria de seus movimentos...
Voara!
Pequenino, indefeso, sem escolha, atirado, ao desconhecido...
Voara...
Irradiante!
Dali em diante...
Tomado pelo desejo de emoções que sentira outrora,
Sentira o valor da liberdade!
E sua inconstante e intensa busca por novos céus... Voou...
Voou tanto...
Tanto...
E desde aquele sublime dia não fora mais visto.
Por ninguém...
Ninguém mesmo...
Não naquele pedacinho de céu!

Diego Diniz

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