quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Desespero da Piedade
E sonham no longo percurso com automóveis, apartamentos...
Mas tende piedade também dos que andam de automóvel
Quando enfrentam a cidade movediça de sonâmbulos, na direção.
Tende piedade das pequenas famílias suburbanas
E em particular dos adolescentes que se embebedam de domingos
Mas tende mais piedade ainda de dois elegantes que passam
E sem saber inventam a doutrina do pão e da guilhotina.
Tende muita piedade do mocinho franzino, três cruzes, poeta
Que só tem de seu as costeletas e a namorada pequenina
Mas tende mais piedade ainda do impávido forte colosso do esporte
E que se encaminha lutando, remando, nadando para a morte.
Tende imensa piedade dos músicos dos cafés e casas de chá
Que são virtuoses da própria tristeza e solidão
Mas tende piedade também dos que buscam silêncio
E súbito se abate sobre eles uma ária da Tosca.
Não esqueçais também em vossa piedade os pobres que enriqueceram
E para quem o suicídio ainda é a mais doce solução
Mas tende realmente piedade dos ricos que empobreceram
E tornam-se heróicos e à santa pobreza dão um ar de grandeza.
Tende infinita piedade dos vendedores de passarinhos
Que em suas alminhas claras deixam a lágrima e a incompreensão
E tende piedade também, menor embora, dos vendedores de balcão
Que amam as freguesas e saem de noite, quem sabe onde vão...
Tende piedade dos barbeiros em geral, e dos cabeleireiros
Que se efeminam por profissão mas que são humildes nas suas carícias Mas tende mais piedade ainda dos que cortam o cabelo:
Que espera, que angústia, que indigno, meu Deus!
Tende piedade dos sapateiros e caixeiros de sapataria
Que lembram madalenas arrependidas pedindo piedade pelos sapatos
Mas lembrai-vos também dos que se calçam de novo
Nada pior que um sapato apertado, Senhor Deus.
Tende piedade dos homens úteis como os dentistas
Que sofrem de utilidade e vivem para fazer sofrer
Mas tende mais piedade dos veterinários e práticos de farmácia
Que muito eles gostariam de ser médicos, Senhor.
Tende piedade dos homens públicos e em particular dos políticos
Pela sua fala fácil, olhar brilhante e segurança dos gestos de mão
Mas tende mais piedade ainda dos seus criados, próximos e parentes
Fazei, Senhor, com que deles não saiam políticos também.
E no longo capítulo das mulheres, Senhor, tende píedade das mulheres Castigai minha alma, mas tende piedade das mulheres
Enlouquecei meu espírito, mas tende piedade das mulheres
Ulcerai minha carne, mas tende piedade das mulheres!
Tende piedade da moça feia que serve na vida
De casa, comida e roupa lavada da moça bonita
Mas tende mais piedade ainda da moça bonita
Que o homem molesta – que o homem não presta, não presta, meu Deus!
Tende piedade das moças pequenas das ruas transversais
Que de apoio na vida só têm Santa Janela da Consolação
E sonham exaltadas nos quartos humildes
Os olhos perdidos e o seio na mão.
Tende piedade da mulher no primeiro coito
Onde se cria a primeira alegria da Criação
E onde se consuma a tragédia dos anjos
E onde a morte encontra a vida em desintegração.
Tende piedade da mulher no instante do parto
Onde ela é como a água explodindo em convulsão
Onde ela é como a terra vomitando cólera
Onde ela é como a lua parindo desilusão.
Tende piedade das mulheres chamadas desquitadas
Porque nelas se refaz misteriosamente a virgindade
Mas tende piedade também das mulheres casadas
Que se sacrificam e se simplificam a troco de nada.
Tende piedade, Senhor, das mulheres chamadas vagabundas
Que são desgraçadas e são exploradas e são infecundas
Mas que vendem barato muito instante de esquecimento
E em paga o homem mata com a navalha, com o fogo, com o veneno.
Tende piedade, Senhor, das primeiras namoradas
De corpo hermético e coração patético
Que saem à rua felizes mas que sempre entram desgraçada
Que se crêem vestidas mas que em verdade vivem nuas.
Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres
Que ninguém mais merece tanto amor e amizade
Que ninguém mais deseja tanto poesia e sinceridade
Que ninguém mais precisa tanto de alegria e serenidade.
Tende infinita piedade delas, Senhor, que são puras
Que são crianças e são trágicas e são belas
Que caminham ao sopro dos ventos e que pecam
E que têm a única emoção da vida nelas.
Tende piedade delas, Senhor, que uma me disse
Ter piedade de si mesma e de sua louca mocidade
E outra, à simples emoção do amor piedoso
Delirava e se desfazia em gozos de amor de carne.
Tende piedade delas, Senhor, que dentro delas
A vida fere mais fundo e mais fecundo
E o sexo está nelas, e o mundo está nelas
E a loucura reside nesse mundo.
Tende piedade, Senhor, das santas mulheres
Dos meninos velhos, dos homens humilhados – sede enfim
Piedoso com todos, que tudo merece piedade
E se piedade vos sobrar, Senhor, tende piedade de mim!
Vinicius de Moraes
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Nostalgia...
Quando o nosso céu escurecer
Vou cantar pra ficar tudo bem
Vou pedir pra você não me esquecer
E a luz das estrelas
Me dizendo pra me entregar
Eu não sei mais imaginar
Eu não sei dizer
Não dá pra suportar
Deixar você partir
Sem ter uma chance pra falar
Sei que não vou poder te sentir
Mas não vou esquecer teu olhar
O tempo vai passar, nós vamos viver
Mas sempre que pensar em mim vou pensar em você...
...Você tão calada e eu com medo de falar
Já não sei se é hora de partir ou de chegar
Onde eu passo agora não consigo te encontrar
Ou você já esteve aqui ou nunca vai estar
Tudo já passou, o trem passou, o barco vai
Isso é tão estranho que eu nem sei como explicar
Diga, meu amor, pois eu preciso escolher
Apagar as luzes, ficar perto de você
Ou aproveitar a solidão do amanhecer
Prá ver tudo aquilo que eu tenho que saber...
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Se joga!
Forgive me...
Forgive me lover
For I have sinned
For I have done you wrong
For I have hurt
Beyond repair
When tears occurred
No I didn't care
Forgive me lover
For I have sinned
For I have loved you wrong
But this estranged organ in my chest
Still beats for you
It will not rest, so
Meet me in our secret place
When the time has come
And rest your head
In my lap
And I'll lead you out of your own trap
And I'll show you how much
You have missed through the
Time we weren't right
So forgive me lover
For I have sinned
For I have let you go
But you've been every now and then on my mind yeah
Every now and then on my mind yeah
On my mind
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Segunda 13
domingo, 12 de dezembro de 2010
"a luta terminou".
Mas nós dizemos:
"ela começou".
Nossos inimigos dizem:
"a verdade está liquidada".
Mas nós dizemos:
"nós ainda a conhecemos".
Nossos inimigos dizem:
"mesmo que ainda se conheça a verdade, ela não pode mais ser divulgada".
Mas nós a divulgamos.
Seja de que maneira for!
Saiamos a campo para a luta, lutemos, então!
Não vimos já como a crença removeu montanhas?
Não basta então termos descoberto que alguma coisa está sendo ocultada?
Essa cortina que nos oculta isto e aquilo, é preciso arrancá-la!
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
João Cabral de Melo Neto
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Coleção de frases
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Alquimia
Chorando, batendo na porta sem parar
Já passa das três
Procure algum santo pra te proteger
Aqui tu não tens mais lugar
Se queres saber
Novo tempo chegou regendo meu coração
Retumbando o tambor da minha revolução
Bem que eu quis te lembrar, amor
Mas fingias não me escutar
Onde estavas, meu bem?
Quando meu canto calou
Naquele pranto sem paz
Transbordando e a dor
Incrustada na pedra
Saiu pela boca do meu olhar
Alagando o chão, inundando o sertão
Mas na ilha que me abrigou
A baía me deu um cais
Pra correr o mar
Vida a me levar
Me embalar pra onde for
Outros gestos de amor
Pra bem longe do teu sabor
O teu corpo é no meu cobertor
Agora não é mais
Não aquece meus ais
Teu olhar se cristalizou
Incrustado na pedra ele jaz
Junto ao teu calor
Junto àquela flor
Que um dia o amor regou
No jardim dos tempos atrás
Então vai em paz
Leva os teus sinais
E não olhe pra trás
Vai em paz
Vai que esse canto é quebranto
Alquimia de compositor
Pra desatar
Teu corpo do meu cobertor
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Filosofando...
só porque você não quer me acompanhar
não me fale em dor
antes das noites de frio sob o cobertor
não, não vou negar
você me deu tudo, eu te dei ar, de dou ardor
não me cale, amor
que a vida da gente é uma eterna canção por compor
pode parecer cruel , mas vou
eu não te desejo mal, mas vou
me agarrando, céu em céu, pra outra real
posso até estar pinel, mas vou
é porque desejo mais que eu vou
te mando no aniversário um cartão postal
vem, me tire pra dançar
essa dança não é fácil de se acompanhar
que não falte amor
no tempo e no espaço, a gente ainda pode criar
deixa a vida te levar
que as luzes se acendam e que a gente possa brilhar
mas cuidado, amor
que as mãos que estendem tapetes não possam puxar.
E ninguém vai poder mais amputar sua raiz
O galho que crescer
Os ventos vão reger
E quem sabe dançar a sinfonia os homens gris
Há margaridas bêbadas sobre os balcões
Damas-da-noite no calor de explosões
As flores vão nascer
Do querer, sem querer
Lá no sertão, no Paquistão, no coração mais infeliz
E por que não dizer
No vaso, no prazer
Lá no quintal, no Pantanal, no Rio e em Paris
Delírios sob a lava dos vulcões
Amorosas no entulho das construções
Porque nada impede
Uma flor de nascer
De um desejo sincero
Porque nada impede
Uma flor de querer
O que eu quero"
Modelando nosso destino
No barro da vida é um velho
Girando, virando menino
Sonhando sons, criando asas
E as asas pisando o céu
Entrando e saindo das casas
Brincando qual pipa de papel
Driblando dragões e cometas
E contando histórias pra lua
Brincando de roda com os planetas
Bem ali, na porta da rua
E a tarde fugindo sem pressa
Na velha cidade da luz
Presente no sol que atravessa
Futura na estrela que conduz
O dedo invisível do tempo..."
sábado, 4 de dezembro de 2010
Poema da Batalha
Sabe quando aperta-te o peito
angustiado permanece preso?
tente respirar com todo esse peso
Sufoca a alma e o orgulho
Pensa que quero ferir-te
machuco a ti e a mim.
equivocos sao como pedras
atingem a cabeça que se poe a ressoar
Vibraçao que arde, corta o coraçao.
retalhos de sentimentos largados pelo chao
colho-me, varro-me
Aspire meus erros e os jogue fora
limpe os vestigios lustre os absurdos
com esforço, talvez se tornem glorias
procuro a fronteira que me separa da exatidao
Sou imigrante, nao tenho permissao
choco-me com a guarda violentamente
Mas sou fraca, perco a batalha sangrenta
tanto sofrimento asteio a bandeira da paz.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Repousar
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Artur da Távola
Também há homens de eterno amor, embora o machismo e as deformações de sua cultura e comportamento nem sempre os convença de tal. Ou não convença a maioria. Ou será que o fato de serem colocadores de semente por determinismo biológico os leva a não prestar a devida atenção à sua destinação para o amor?
No meio da conversa ela diz, de repente, que só gostou de verdade de um homem e eis que vai buscar lá entre papéis amassados, daqueles que esturricam o couro das carteiras, não um mas três retratos dele, que espalha, qual cartas de baralho, sobre a mesa do restaurante. E fala dele com a mistura de ternura e tristeza que assaltam as mulheres que não lograram viver com o seu amor, casar-se com ele, ter seus filhos, viver em função dele e dela, unidos, pois esta é a verdadeira vontade e destinação da mulher: viver ao lado do verdadeiro amor.
Sim, elas vivem de modo proibido se necessário, casam-se com outro, têm filhos, os amam fundamente, mas a verdade de seu ser é a do amor verdadeiro, até porque mulher vive para amar e por amor, o resto se ajeita. Podem até deixar seu amor dormitar por anos e parecer serenado. Volta, porém a qualquer apelo ou menção do nome dele, encontro fortuito na rua com um conhecido dos tempos do namoro ou da relação.
Como são comoventes e lindas na sua integralidade bíblica as mulheres quando expressam para os demais ou para si mesmas, o amor de suas vidas ou quando consultam, escondido, os retratos guardados, recortes, flores secas, a memória úmida das restantes lembranças em momentos de silêncio e solidão!
Abençoados sejam, porque são, os homens e as mulheres que na passagem por esta vida receberam um dia de alguém, ou deram, um amor único, original e definitivo. Abençoados sejam e para todo o sempre. Como o amor que existe apesar de todas as ternas e dolorosas circunstâncias que não impedem a sua verdade mas em muitos casos esmagam a sua plena realização.
domingo, 21 de novembro de 2010
Diego... ou quase isso!
Seu número de personalidade: 9
Uma pessoa vista como generosa, você tem qualidades de intelectual, compreensão e intuição, o que atrai pessoas que o procuram como conselheiro ou confidente. Isso lhe revela que precisa aprender a servir ao próximo e colocar no devido nível suas necessidades de bens, poder e amor. Você é uma pessoa que busca a perfeição, persegue a evolução incansavelmente. Precisa, também, aprender a não idealizar o próximo e aceitar que os outros têm suas próprias aspirações. Aplique seu talento para o bem comum em instituições filantrópicas e outros empreendimentos sem fins lucrativos. Evite a aspereza, o egoísmo, o desrespeito e a indecisão. Vincula-se ao conhecimento material, intelectual e espiritual, à prosperidade, sabedoria, virtude, experiência, mistério, moral, proteção e frutos do mérito. Seus símbolos ocultos são o Eremita, a Cruz, o fogo sagrado das Vestais. Sua vibração é marciana. Sua marca é a compaixão.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
...
Nos olhos de gueixa
Kabuki, máscara
Choque entre o azul
E o cacho de acácias
Luz das acácias
Você é mãe do sol
A sua coisa é toda tão certa
Beleza esperta
Você me deixa a rua deserta
Quando atravessa
E não olha pra trás
Linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais
Vocé é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Você é forte
Dentes e músculos
Peitos e lábios
Você é forte
Letras e músicas
Todas as músicas
Que ainda hei de ouvir
No Abaeté
Areias e estrelas
Não são mais belas
Do que você
Mulher das estrelas
Mina de estrelas
Diga o que você quer
Você é linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais
Você é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Gosto de ver
Você no seu ritmo
Dona do carnaval
Gosto de ter
Sentir seu estilo
Ir no seu íntimo
Nunca me faça mal
Linda
Mais que demais
Você é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Você é linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Teatro
...enfim!
domingo, 24 de outubro de 2010
Transformando a realidade
naqueles que fazem parte de segundos de minha vida,
nos outros que se foram, de olhos fechados....
Nos que riem, de tudo e todos, como hienas famintas.
E os tantos outros em que o riso afastou-se de suas mentes
e seus músculos irrigeceram e levaram a simplicidade de um sorrir,
Os de perto, bem pertinho mesmo,
nos olhos que abraçam e acolhem,
Nos olhares perdidos, parados, experientes,
Sim, Claro!
Os olhares experientes?! Porque não viventes?!
Tá bom... está bem, viventes!
tuda para que não confundamos os olhares experientes com olhares críticos...
dos que se intitulam mais conhecedores... experientes, enfim...
Olhares imperfeitos, as flores da estação...
Assim como os meus, possivelmente, os teus. E porque não?!
Ao menos poderia ser inocente, com medo do novo, porém, encantando-se com o novo a cada dia!
Faces ocultas, com olhares indiscretos...
Por ora, simples e direto,
Surreais,
Complacentes....
Amantes,
Nostálgicos,
Com saudades...
Lágrimas, lágrimas...
Cúmplices da óptica...
Da óptica que só se vê, no fundo...
quanto mais fundo melhor, no âmago do coração da pessoa.
E transpassa, meio que inconscientemente consciente, a essa feição...
Essa máscara...
Que vestimos um dia, e continuamos a usá-la... por tempo indeterminado,
E possivelmente, nunca tiraremos...
Essas insuportáveis faces...
Ahhh... insuportávelmente, necessárias.
Ascendente
Preciso te explicar
Que apesar do sofrer
A gente tem tudo a ver
Olha eu confesso andei procurando,
Pode não acreditar,
Que o meu signo combina com o teu.
A gente tem tudo a ver
Quando você briga comigo, eu já sei,
E vive me dizendo que só eu errei.
Mas eu vi assim e nem sempre será
Um dia aquário e áries podem se acertar
É meu ascendente, coisas do amor
Difícil de explicar eu demorei pra acreditar
É meu ascendente, coisas do amor
Não tem como negar que eu nasci pra te amar...
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
O Analfabeto Político
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais. "
Bertolt Brecht
sábado, 11 de setembro de 2010
Liquidificador
Por hoje e só por hoje!
...largado às traças....
A mulher perdigueira sofre um terrível preconceito no amor.Como se fosse um crime desejar alguém com toda intensidade. Ela não deveria confessar o que pensa ou exigir mais romance. Tem que se controlar, fingir que não está incomodada, mentir que não ficou machucada por alguma grosseria, omitir que não viu a cantada do seu parceiro para outra.Ela é vista como uma figura perigosa. Não pode criar saudade das banalidades, extrapolar a cota de telefonemas e perguntas. É condenada a se desculpar pelo excesso de cuidado. Pedir perdão pelo ciúme, pelo descontrole, pela insistência de sua boca.Exige-se que seja educada. Ora, só o morto é educado.O homem inventou de discriminá-la. Em nome do futebol. Para honrar a saída com os amigos. Para proteger suas manias. Diz que não quer uma mulher o perseguindo. Que procura uma figura submissa e controlada que não pegue no seu pé.
....o ser poeta é muito mais que saber escrever bem!
O POETA INOCENTE É UM MITO, MAS UM MITO QUE FUNDA A POESIA. O POETA REAL SABE QUE AS PALAVRAS E AS COISAS NÃO SÃO A MESMA COISA E POR ISSO, PARA ESTABELECER UMA PRECÁRIA UNIDADE ENTRE O HOMEM E O MUNDO, NOMEIA COISAS COM RITMOS, SÍMBOLOS E COMPARAÇÕES. AS PALAVRAS NÃO SÃO COISAS: SÃO AS PONTES QUE ESTENDEMOS ENTRE ELAS E NÓS. O POETA É A CONSCIÊNCIA DAS PALAVRAS, ISTO É A NOSTALGIA DA REALIDADE REAL DAS COISAS. É CERTO QUE AS PALAVRAS TAMBÉM FORAM COISAS ANTES DE SER NOMES DE COISAS: NO MITO DO POETA INOCENTE, ISTO É, ANTES DA LINGUAGEM.
Nem tão simples assim!
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
02.09.2010
Pois é, buscando o sucesso, com idéias férteis e com uma desenvoltura que convence e assombra!
Tá aí... esse sim reflete o dia de hoje, os elogios recebidos, as atitudes, e claro, amante na sua essência!
"Quando quero falar de amor
Eu repito teu nome baixinho
Pra que escute aonde for
Pra que nunca te sinta sozinha
Esta no poema de um livro que a voz vem do coração
É por isso que eu te escuto no meio da multidão
Sinto este amor invadindo teu sorriso vem dizer
Que o segredo da minha voz é você
Pergunto a lua se te vê de onde ela esta
Peço pra te buscar e num beijo me calar."
"On ne voit bien qu'avec le coeur.
L'essentiel est invisible pour les yeux."
Antoine de Sanit-Exupéry
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Realmente....
...o universo conspira a nosso favor... SEMPRE!!!
domingo, 22 de agosto de 2010
Procura-se um amor... pra vida inteira
Sinto meu chão sumir
Fico imaginando, fico te namorando
Apaixonado em Ti
Desde a primeira vez, desde a primeira vez
Sonho, a vida ao teu lado é um sonho
Adoro acordar risonho
Você coloriu meu mundo, você é o amor profundo
Desejo sagrado em mim
Desde a primeira vez, desde a primeira vez, que te vi
Sinto que o amor chegou.
Eu sei que o amor chegou em mim...
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Vê que eu...
Que caiu do Céu
Que me fez
Entender no olhar
Que é preciso
Um amor pra viver
É você, prometeu
No amor ser fiel
Todo dia
Ao meu lado acordar
Eu preciso de amor
Pra viver
Mesmo que alguém
Já tenha feito
Tanto mal
No seu coração
Agora eu quero
Me entregar
Tire esse seu medo
Abre a porta
E deixe entrar
Que eu sou diferente
Eu vim aqui
To precisando te amar
Eu quero mudar
Sua vida
Esquece o passado
E acredita
Que pode
Ser diferente
O amor da gente
Vê que eu...
...Eu quero mudar
Sua vida
Esquece o passado
E acredita
Que pode
Ser diferente
O amor da gente
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Eu e a minha estupidez
Não tem nada a perder
E quem implora de joelhos
Não pode escolher
A dor e a tristeza
Vão Passar
Como tudo um dia passa
Se não te matar
Ah! Eu e minha estupidez
Em um beco sem saída
Ah! Eu e minha estupidez
Olhando o que eu
Achava que era vida
Todo mundo sempre tem
Algo pra aprender
Se quem espera sempre alcança
comece a correr
Se eu soubesse o que hoje sei
Não mudaria nada
O melhor de tudo isso é a viagem
e não a chegada
Ah! Eu e minha estupidez
Em um beco sem saída
Ah! Eu e minha estupidez
Olhando o que eu
Achava que era vida
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
VBFnmnkhnjgheugvhdsu
KLebão, você num aguneta acompanhar o Xegado.
Doido, você muito menos!
Mais um dia de equilibrista, ou quase isso...
P.S: Como esta sendo dificil postar aqui!!!!!
....
domingo, 8 de agosto de 2010
Stranger, but mine
Que mal posso me mexer, irmão
No meio dessa confusão
Não consigo encontrar ninguém
Onde foi que você se meteu, então?
Tô tentando te encontrar
Tô tentando me entender
As coisas são assim
Meus olhos grandes de medo
Revelam a solução, a solução
Meu coração tem segredos
Que movem a solidão, a solidão
Me sinto tão estranho aqui
Diferente de você, irmão
A sua forma e distorção
Não pareço com ninguém, sei lá
Pois eu sei que nós temos o mesmo destino então
Tô tentando me encontrar
Tô tentando me entender
Por que tá tudo assim?
Quem de nós vai insistir e não
Se entregar sem resistir então
Já não há mais pronde ir
Se entregar à solidão e não
Coisas de um coração apertado e muitas ideias mal organizadas na mente!
Borbulhas e borbulhas de pensamentos, pés e mãos atadas...
Deus provê, Deus proverá!
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Segredos
Uma pergunta desse humilde blogueiro, porque não se compartilham segredos?!
Segredo é, segredos são... simples, segredos...
É a razão de nos tornarmos cúmplices de nós mesmos.
Cumplicidade, acredito eu, que é a razão de todo o amor,
de amar na sua totalidade.
E porque não continuarmos com nossos segredos?
Nos fazem acreditar que o que fazemos não será visto, comentado, ou sequer dissipado...
Pensar em você é um segredo?
Pode até ser se isto não for compartilhado,
Fazer tudo pra chamar a atenção,
meter os pés pelas mãos, cá pra nós não é segredo para ninguém.
Coisas que ficaram para trás, coisas dentro do peito, aqui, que batem e,
que não consigo evitar,
podem e devem ser segredos.
Segredo compartilhado...
Assim como as portas do seu coração se abrem para eu te re-conquistar
a cada dia, dia após dia!
Segredos, meus, seus... de tantos outros, e de muitos devaneios
Continuem a aparecer e que a cumplicidade aumente mais e mais.
Segredos de segundos, de horas, de momentos... Simples segredos...
Ahh.. se tudo fosse tão simples e secreto como segredos meus e seus,
e porque não, de todos... talvez do mundo inteiro.
"Tire o anél do dedo que eu te conto um segredo meu!"
Sobre segredos e músicas...
domingo, 1 de agosto de 2010
...porque o tempo não engatinha...?
Mais eu sinto vontade de viver
De partida ao certo não tenho a medida o tempo vai dizer
Pra mim, por mim... por você
Deixo que a saudade te faça voltar depressa
Em cada anoitecer
Porquê o tempo não foi bom comigo
E fez o dia com você amanhecer
Assim, te quero em mim
Do seu olhar ao seu calor
Uma imensidão de cores
E eu vejo vida vindo de você
Cores vindas de você, tão lindas
Flores a me pertencer...
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Coitadinho...
Tá se sentindo muito só?! Hummm??
É... às vezes, eu também me sinto assim!!!
Só às vezes...
Abandonado, assim que eu me sinto longe de você,
Despreparado, meu coração dá pulo perto de você,
E quanto mais o tempo passa, mais aumenta essa vontade,
O que posso fazer?
Se quando beijo SUA boca lembro sua voz tão rouca me pedindo pra fazer
Carinho gostoso, amor venenoso
To preocupado, será que não consigo mais te esquecer?
Desesperado, procuro uma forma de não te querer (???)
Mas quando a gente se encontra, o amor sempre apronta
Não consigo conter
Por mais que eu diga que não quero
Toda noite te espero com vontade de fazer
Carinho gostoso, amor venenoso
Faz amor comigo, sem ter hora pra acabar
Mesmo que só for por todas as noites
Eu não quero nem saber, quero amar você
Faz amor comigo até o dia clarear
To ligado, sei que não vou sofrer
Mas eu não quero nem saber, quero amar você
...e aí?!
Obs.: Adaptação livre por Diego Diniz! Há!
Além do mais quero registrar aqui, antes que eu me esqueça, ou o fato caia em esquecimento...
Como é lindo o banhar do passarinho... cena inusitada presenciada por mim!
A natureza é realmente BELA!
MARAVILHAS em pequeninos gestos, atos... SIMPLES ASSIM!
Passarinho - Tiê
Como um brotinho de feijão foi que um dia eu nasci,
Despertei cai no chão e com as flores cresci.
E decidi que a vida logo me daria tudo
Se eu não deixasse que o medo me apagasse no escuro.
Quando mamãe olhou pra mim, ela foi e pensou
Que um nome de passarinho me encheria de amor
Mas passarinho se não bate a asa logo pia
Eu que tinha um nome diferente já quis ser Maria
Ah, e como é bom voar...
segunda-feira, 19 de julho de 2010
O diálogo mais lindo que já li!
- Sou uma raposa, disse a raposa
-Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho - Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem
- Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços.
- Criar laços?
-Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tem necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
-Começo a compreender, disse o principezinho. -Existe uma flor. . . eu creio que ela me cativou ...
-É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra ...
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom ! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa. Mas a raposa voltou à sua idéia. Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. As galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de teus passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem fugir para debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha longe, os campos de trigo. Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me dizem coisa alguma. E isso é triste. Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo... A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo e tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos, Se tu queres um cativa-me!
-Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
-É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca há hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa, É o que faz com que o dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é um dia maravilhoso!
"Meu bem, quando olhares os campos de trigo lembrarás de mim?!
Lembro-me de ti, ao ver o sol nascer... em nossos "Bons Dias" no pier!!!!"
Vazio...
Desenterrando coisas antigas, poemas e textos velhos e mofados...
Música de Hoje:
AQUI - CAPITAL INICIAL
Água Viva - Clarice Lisector
Quero a vibração do alegre. Quero a isenção de Mozart. Mas quero também a inconseqüência. Liberdade? é o meu último refúgio, forcei-me à liberdade e agüento-a não como um dom mas com heroísmo: sou heroicamente livre. E quero o fluxo.
Não é confortável o que te escrevo. Não faço confidências. Antes me metalizo. E não te sou e me sou confortável; minha palavra estala no espaço do dia. O que saberás de mim é a sombra da flecha que se fincou no alvo. Só pegarei inutilmente uma sombra que não ocupa lugar no espaço, e o que apenas importa é o dardo.
Construo algo isento de mim e de ti - eis a minha liberdade que leva à morte. Neste instante-já estou envolvida por um vagueante desejo difuso de maravilhamento e milhares de reflexos do sol na água que corre da bica na relva de um jardim todo maduro de perfumes, jardim e sombras que invento já e agora e que são o meio concreto de falar neste meu instante de vida. Meu estado é o de jardim com água correndo. Descrevendo-o tento misturar palavras para que o tempo se faça. O que te digo deve ser lido rapidamente como quando se olha.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Sonhos e Insônias
Amei-te imensamente
Não só pelo que era para mim
Mas sim, por representar Eva
Seus olhos brilhantes,
A vontade de acertar, mesmo errando
Os risos, desejando as lágrimas,
O ficar em terra, avistando o horizonte pela nau,
Era afogar-se, embebedar-se de champagne
Esbaldar-se, deliciar-se
De delícias inesquecíveis.
Amou, amamos, amei
Ao trágico fim cheguei.
Um saudoso brinde!
Brindemos a chance de amar
Que nos foi dádiva
E, em cada dia, nos entregar.
Amei-te no presente,
Amei-te num passado,
Por ser um sonhar o amar
Eras um sonho
Tão doce, tão amargo
Tão seguro, tão esplêndido...
Entretanto, de todo sonho que sonheis,
Um dia haveis
de acordar
para seguir e defrontar,
as conseqüências de sonhar
Acelerado os batimentos estão,
No despertador negro na cabeceira
Ponteiros brancos marcam a hora
A hora de acordar
De levantar e seguir em frente.
Olho pela fresta da cortina,
Na janela reflete a claridade da lua cheia
E meus olhos pequenos
Constatam o eqüívoco,
Ainda é de noite....
Por isso viro-me para o lado,cubro meu corpo com um lençol azulado
Cheirando a lavanda,
Realmente, relaxante
Recosto-me no travesseiro com os olhos quase fechando,
Os fecho completamente, na esperança que consiga novamente sonhar.
Pois amar é sonhar... amemos sonhando...
Viro paro o canto e... mentalizo
Vou tentar sonhar novamente!!!
domingo, 11 de julho de 2010
MANIFESTO BAR - SP (09.07.2010)
In a room full of emptiness
By a freeway I confess
I was lost in the pages
Of a book full of death
Reading how we'll die alone
And if we're good we'll lay to rest
Anywhere we want to go
In your house I long to be
Room by room patiently
I'll wait for you there like a stone
I'll wait for you there alone
On my deathbed I will pray
To the Gods and the angels
Like a pagan to anyone
Who will take me to Heaven?
To a place I recall
I was there so long ago
The sky was bruised, the wine was bled
And there you led me on
In your house I long to be
Room by room patiently
I'll wait for you there like a stone
I'll wait for you there alone, alone
And on I read
Until the day was gone
And I sat in regret
Of all the things I've done
For all that I've blessed
And all that I've wronged
In dreams until my death
I will wonder on
In your house I long to be
Room by room patiently
I'll wait for you there like a stone
I'll wait for you there alone, alone
"Estou absolutamente disponível para o desconhecido"
Neste blog, expresso minhas vertiginosas raizes da planta que nasce no pé da bananeira, de forma a importar apenas com o que penso. Pena não ser um fórum.
Agradecimento: Ao amigo Cassio, saudações!
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Breve Descrição
Não que isso possa por ventura aparecer vez ou outra, mas não vejo esta, como forma usual de comunicar comigo, consequentemente, com os leitores, se é que eles existem!
WHATEVER!
Retomando...
Quero postar hoje um poema, que escrevi há tempos.
Além de gostar muito, eu me identifico muito com ele...
Sei que engatinho na sintaxe, nas métricas, nas rimas... mas não se pode desprezar o sentimento da alma transcrita em palavras, com ou sem nexo.
Quem sabe o anexo não seja, simplesmente eu?!
...ou você?!
Meu mundo incerto (Talvez)
Talvez, talvez seja um mundo...
Talvez, um mundo paralelo,
Talvez, um outro mundo,
Talvez, o seu mundo, Ou
Talvez, o meu...
Talvez, meu mundo de incertezas,
Talvez, minhas fraquezas
Talvez, minhas alegrias,
Talvez, minhas qualidades,
Talvez seja...
Talvez fosse,
Talvez nunca,
Talvez Sempre
Talvez juntos,
Ou talvez não...
Talvez...
Talvez...
Talvez, eu ame,
Talvez, esteja feliz
Talvez, tenha chorado,
Talvez, esteja morto,
Morto, talvez, de amor morto,
Ou Talvez, não...
Talvez eu não a queira mais,
Ou talvez queira cada vez mais...
Talvez eu te ache esperta
Talvez você não seja tão boa quanto parece...
Talvez...
Talvez noutro mundo,
Talvez na Lua,
Talvez em lugar nenhum
Talvez jamais encontremos o TALVEZ...
Talvez....
Talvez... estejamos falando de mim...
Ou de outra pessoa qualquer...
Talvez...?
Ah! Talvez...
Sobre as estrelas
Não sei se as descreveria corretamente.
Penso, paro e saio de minha mente.
Imagino interligando os pontos, milhares deles
Formando figuras indescritíveis,
Mas que à todos se revelem secretamente
Em seus pensamentos mais remotos...
domingo, 4 de julho de 2010
Poema Conjunto
Como rosas cálidas bebi e comi a Madonna
Sou já quem nunca serei
Na certeza em que me minto.
Ordene , não peça.
Vai logo, deixa as ordens pra mais tarde.
O mundo é de quem faz
Refúgio das saudades de todos os deuses antigos
A semana toda ficou para tras, ela tem trabalhado demais...
Meu coração não aprendeu nada.
Meu coração não é nada,
Meu coração está perdido.
Mestre, só seria como tu se tivesse sido tu.
Eu só queria distância, da nossa distância,
sair por aí procurando uma contra mão.
Tudo é esforço neste mundo onde se querem coisas,
Tudo é mentira neste mundo onde se pensam coisas,
Tudo é outra coisa neste mundo onde tudo se sente.
Alguém pra olhar a casa, e alguém que regue o seu jardim até você voltar.
Por que é que me acordaste para a sensação e a nova alma,
Se eu não saberei sentir, se a minha alma é de sempre a minha?
Vai, a porta esteve aberta o tempo todo, você sabe voar...
Que eu ficasse sempre aquele Poeta
decadente, estupidamente pretensioso,
Que poderia ao menos vir a agradar,
Na vida que ficou em minha vida...
tão perto de mim...tão longe de mim...
e quando for se despir, estarei a te esperar
Eu não vim aqui pra entender ou explicar,
nem pedir nada pra mim, não quero nada pra mim.
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...
Todo atalho finda em seu sorriso.
Para quem o prazer é prazer e o recreio é recreio
Te vejo errando isso não é pecado,
exceto quando faz outra pessoa sangrar...
Foi quando estranhei um estranho, estranho
ali parado
Foi o medo de te acertar?
Mas era pra te acertar!
Ou eu que errei o alvo longínguo e distante de minhas mãos...
Se eu for embora, não sou mais eu.
Se ficardes acharás as respostas, sendo tu ou sendo eu um estranho mendigo
Nada sou, nada posso, nada sigo.
Trago, por ilusão, meu ser comigo.
Não compreendo compreender, nem sei
Se hei de ser, sendo nada, o que serei.
Eu gosto do seu corpo
Eu gosto do que ele faz
Eu gosto de como ele faz
Eu gosto de sentir as formas do seu corpo
Dos seus ossos
De sentir o tremor firme e doce
De quando lhe beijo
E volto a beijar...
E volto a beijar...
E volto a beijar.
Traze-me para o contato casto de tuas vestes
Allain Robbe-Grillet
quinta-feira, 1 de julho de 2010
W. F. Grenfel
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Titulo Original - Colagens
Partilham a vida como regras
Sua branca camisa e seu terno preto
Seu preto terno e sua branca camisa
Sentiu o seco ar, adentrar nos pulmões
Involuntariamente,
Sentiu, tal qual um recém-nascido,
Pensou em chorar, como eles o fazem
Não o fez!
Contraindo os pulmões
soltou sua voz:
Me diz quando que a gente vai
Pro mundo do compasso
Por outros Tic-tacs velozes
24.08.2008
segunda-feira, 28 de junho de 2010
...poesias inacabadas....
sinceramente eu acredito...
...castelos...!!!!
Postarei amanhã! ....sem pique...!!!!
Nada de insônia... fiz bem em deixar a minha janela aberta... o meu sono pôde voltar!
domingo, 27 de junho de 2010
Um testemunho não publicado (4 U)
Eu acredito, que tudo acontece pelo simples encontro e desencontro do cosmo.
Claro, o Universo conspira a nosso FAVOR!
Espero que continue assim...
O sucesso é, de fato, e para muitos, intângível. Por isso, o simples fato da sua busca resultar em coisas mágicas, já é o suficiente!
...e façamos acontecer! Porque já valeu a pena!
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Conselho
Meu filho, não coloque certas pessoas como prioridade em sua vida. Não deixe isso te cegar e comprometer o seu desempenho.
Confie na sua intuição.
Reze para que suas pernas tenham forças para correr, seu peito para desbravar os obstáculos, que surgirão e na força dos seus braços que com o suor do seu trabalho, te sustentarão.
Acenei involuntariamente, com a cabeça... um simples sinal de afirmação.
domingo, 13 de junho de 2010
Love´s in the air
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar
Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Para você, o meu texto de BOM DIA!
Luis Fernando Verissimo
Larissa Teixeira
Yo te busco en cada mirada
Y te deseo callada
Yo te añoro hace mucho tiempo
Y por eso me ahogo en mis pensamientos
Yo te quiero como el cielo quiere a las estrellas
Y te espero sin saber si me deseas
Yo te acaricío
Como el suave toque del rocío
Yo te beso como la luna besa el mar
Y TE AMO como nadie va a amar
quarta-feira, 2 de junho de 2010
...again...
www.twitter.com/Diego_Diniz
"Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia."
José Saramago
"Sem eu’s nunca existirá nós. O nós é feito de eu’s. "
José Eustáquio
Beijo e abraço, abraço e beijo, beijo, abraço e beijo.
sábado, 22 de maio de 2010
O trem do Tempo
E você ficou pra trás
Desembarcou na estação do passado
O trem do tempo partiu
E o destino me levou
No fim da linha vai estar meu novo amor
No fim da linha vou buscar meu grande amor
Segui viagem pelos trilhos da saudade
Abandonado no vagão da solidão
O trem do tempo apagou
Você do meu coração
E fez parada na cidade da ilusão
Amei e vi o amor acabar
Sonhei e tive que acordar
Chorei, chorei
Mas não deixei de cantar
Pois sei, eu sei, que esse trem vai chegar
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Escrevendo lágrimas
Tem de saber que o amor, o amor verdadeiro é para sempre, para toda a sua vida.
E acredite, ele te acompanhará sempre.
No fim, é só você com todos os outros eus,acreditando que seus sonhos de menino eram reais e, no inicio, garoto, cuja realidade é, concretamente, os seus sonhos.
Quando Menino choramos sem sentido ou por causa deles.
Sentimos fome, dores, nos medos, à noite após um pesadelo...
Ao envelhecer, lágrimas são belos sorrisos da saudade!
E que um bom menino, não é um bom homem.
Mas um bom homem será sempre um bom menino...
...texto redigido regado por lágrimas...
domingo, 16 de maio de 2010
...esse tem muito a ensinar...
“Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer.”
(...)
"Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis para um rapaz. Com efeito, uma jovem tem ilusões, muita inexperiência, e o sexo é bastante cúmplice do amor, ao passo que uma mulher conhece toda a extensão dos sacrifícios que tem a fazer. Lá onde uma é arrastada pela curiosidade, por seduções estranhas à do amor, a outra obedece a um sentimento consciente. Uma cede, a outra escolhe."
Ahhh... MESTRE BALZAC!
"Entendais para descomplicardes."
quarta-feira, 12 de maio de 2010
...orgulho, raiva, lembranças e fim!
...e mais uma vez... eu não tomo partido...!
...e mais uma vez a vida continua......e mais uma vez eu vou continuar caminhando......e mais uma vez maluca...e mais uma vez eu juro que não entendo......e mais uma vez você escolheu o time errado pra jogar......e mais uma vez eu não jogo, eu vivo......e mais uma vez isso é caô.....e mais uma vez não se chega a lugar nenhum......e mais uma vez tem confusão......e mais uma vez a alegria contagiante incomoda......e mais uma vez a história bonita incomoda......e mais uma vez a imaturidade......e mais uma vez .... mais uma vez... sem vez!
Y:...nunca houve outra vez...! Existe sim a sua vez e a minha vez! e assim é! E quem precisa de advogado? Advogado do diabo?! Ou advogado do Anjo? Vai saber.... Eu semrpe rezo pra que sejmos felizes... e que os nossos caminhos possam enfim ter paz! "Dessa vez sem vez pra sempre"? ... conta outra... Vc acredita em duendes? Eu acreditei por muito.... muitoo tempo...! O caminho só existe ao caminhar... vamos caminhar... poderiamos ir juntos ou separados... o destino quis assim.... vamos indo...!!!
X: e mais uma vez...eu nao te defendo mais..e mais uma vez td decepciona..e mais uma vez eu rezo pra nao errar de novo...e mais uma vez eu me chamo de maluco...e mais uma vez nao tem historia bonita...e mais uma vez a imaturidade sim....dessa vez sem vez pra sempre mais uma vez. DE VEZ.
Reticências???
Não dessa vez!
.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Encontrando a paz
"Fazer o quê?"
"...fazer que esse dia de hoje seja o melhor dia de todos.
que possa amar intensamente as pessoas que me cercam,
que eu posa ser feliz ao extremo,
que eu possa rir,
que eu chore,
que eu sofra toda a dor na sua essência...
Que eu me depare com a Lua
e conte as estrelas,
sorrindo muito,
pensando mais ainda...
E que possa deitar,
encostar a cabeça no travesseiro
e possa ir voar com os passaros brancos da paz,
sublime e sutil,
saciado e com um gostinho de quero mais.
De que tudo não foi o suficiente, e que,
eu posso fazer melhor amanhã...
E se for chegada a hora,
terei prazer em dizer que fiz o meu máximo
e poderei ir em PAZ! - calmamente, eu respondi."
domingo, 9 de maio de 2010
O bêbado e o Equilibrista - Parte II
O equilibrista manteve o seu foco!!!
Ponto positivo!
sábado, 8 de maio de 2010
Nunca acaba
pensei por anos,
ter prdido a pena e o pergaminho...
Sentimento adormecido que retorna em minh´alma
transborda meu ser,
transcende o meu entender
Sentado à beira do caminho,
lhe esperei aqui sozinho
Sonhos retornaram em meu pensar
A brisa leve a ludibriar
[brisar]
Cabelos esvoaçavam e,
longos enegrecidos fios sintia-os
acariciava-os e tornavam a se esvair
como cinzas do céu a cair
O verde esperança ao horizonte,
Confusão, silêncio e dourado...
Tudo e nada é o bastante,
Neste capítulo nem lido, nem acabado.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Immanuel Kant
quinta-feira, 6 de maio de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
Oração
Só seu...
Agradeço sempre ao papai do céu
pelos dias que vivo,
os amigos que tenho,
aqueles que se foram,
pelos que celebram a dádiva de viver,
aos amantes, ao inimigos,
ao ódio, a toda forma de perdão,
Às angustias, insônias,
outdoors, bandeiras, opções
tudo que cala,
ao isolamento, sol, chuva, vento e tempestades...
Choros, velas e defuntos
Ao cheiro mórbido dos dias nostálgicos,
Ao finito, e porque não para o infinito,
Amém!
segunda-feira, 3 de maio de 2010
...
De todos os abraços
O que eu nunca esqueci
Você foi, dos amores que eu tive
O mais complicado e o mais simples pra mim
Você foi o melhor dos meus erros
A mais estranha história
Que alguém já escreveu
E é por essas e outras
Que a minha saudade faz lembrar
De tudo outra vez....
Você foi A mentira sincera
Brincadeira mais séria que me aconteceu
Você foi
O caso mais antigo
O amor mais amigo que me apareceu
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim
Outra vez
Esqueci de tentar te esquecer
Resolvi te querer por querer
Decidi te lembrar quantas vezes eu tenha vontade
Sem nada perder
Você foi
Toda a felicidade
Você foi a maldade que só me fez bem
Você foi
O melhor dos meus planos
E o maior dos enganos que eu pude fazer
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim
Outra vez
domingo, 2 de maio de 2010
Inimigo do Próprio Impiedoso Medo
por tantos anos a dúvida
não existe abraços como os meus na vida
um e, somente, um igual
Forma de "T", de tê-la
junto, sempre, perto, únicos
olhos com vergonha, fixos em algo
de riso fácil, tanto quanto as lágrimas
[que caíram]
Optar pela escuridão do corpo teu
e, tateá-lo enfetiça finitos dias
com o abrir de olhos à procura do olhar meu
jamais imaginarias
que resultaria em explosão de alegrias.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Amanhece, anoitece, enegrece
Amor negro, amar nego, amar o ego
Amanhece, anoitece, enegrece...
O preto não é luz
nem tampouco o escuro mais claro
o brilho negro da cruz...
Tomaste o veneno e pretejaste tua clara cor?
Ave branca do amor
abre suas asas inseguro
e vôe, flanqueando no escuro
(Toma-te vergonha e põe-se a acertar)
Cambaleante e amante,
o amar é distante
Negro amor
o tudo no amor-dor
(Toma-te vergonha e põe-se a acertar)
Anoitece, e embriagado estais
Alvejais por veleidade simples casais
Não mais o negro te esmaece
Ninguém merece...
Amar o ego
e ter um cupido cego.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
COLAGENS....
Cinzas, tudo cinzas...
Tudo é nada e no fim... só o fim.
“Triste madrugada foi aquela”
...mais algumas noites em claro.
Só para variar, eu castelo!
No meu castelo, apenas um rei solitário!
Paga-se um preço alto até demais,
Pela inconstância e a intensificação de viver
Deixa seqüelas psicodependentes...
Por que será?
... o vento vai dizer...
E se chover demais a gente vai saber claro como um trovão.
Chegando-se a nível trágico e nostálgico
Suas imperfeições somadas a ansiedade,
algo completamente vergonhoso
Vergonha de saber o que se sente?
Sentindo à flor da pele intensificando sua dolorosa dor...
(...)
No final, e sem meras delongas, arco-íris
Tempestades hão de surgir
O rei do cosmo brilhará novamente...
E havemo-nos de crer, no pote de ouro...
Encontrá-lo-ei...
(...)
Em vão... Finges-te surda às minhas frases
Direis agora: "Tresloucado amigo! Que conversas com elas?
Que sentido Tem o que dizem, quando estão contigo?
"E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
E o cosmo?
O Universo ainda conspira....